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Mindfulness e saúde mental: o que a ciência realmente diz

Nos últimos anos, o mindfulness — ou atenção plena — ganhou destaque em consultórios, escolas, empresas e até aplicativos de bem-estar. A prática promete reduzir o estresse, melhorar o foco e promover equilíbrio emocional.

Mas o que a ciência realmente diz sobre mindfulness e saúde mental? Estudos em psiquiatria e neurociência mostram que essa técnica pode trazer benefícios reais e mensuráveis para o cérebro e para o bem-estar.

O que é mindfulness?

Mindfulness é a habilidade de manter atenção no momento presente, com intenção e sem julgamentos. A prática envolve observar sensações físicas, emoções e pensamentos com curiosidade, em vez de reagir automaticamente a eles. Embora tenha raízes em tradições antigas, hoje ela é aplicada de forma laica em programas terapêuticos validados, como o MBSR (Mindfulness-Based Stress Reduction) e o MBCT (Mindfulness-Based Cognitive Therapy).

O que a ciência já comprovou?

Diversas pesquisas mostram que o mindfulness tem impacto direto na saúde mental. Estudos comprovam que ele reduz estresse ao diminuir a ativação da amígdala, região ligada à resposta de alerta, além de favorecer maior regulação emocional. Em transtornos de ansiedade, a técnica ajuda a interromper ciclos de ruminação e preocupação excessiva, trazendo mais clareza mental. No caso da depressão, o MBCT é tão eficaz quanto medicamentos para prevenir recaídas em pessoas com episódios depressivos recorrentes. Além disso, há melhora significativa na atenção e no foco, graças ao fortalecimento de áreas do cérebro envolvidas no controle cognitivo.

Mindfulness altera o cérebro?

Sim. Estudos de neuroimagem mostram que a prática regular promove mudanças estruturais e funcionais, aumentando a espessura cortical em regiões associadas à atenção e regulação emocional e reduzindo a atividade de áreas ligadas ao estresse. Essa capacidade de adaptação é resultado da neuroplasticidade, prova de que o cérebro se fortalece com exercícios mentais assim como o corpo se fortalece com exercícios físicos.

Como começar a praticar mindfulness?

  • Respiração consciente: focar na respiração por alguns minutos.
  • Body scan: perceber as sensações do corpo da cabeça aos pés.
  • Pausas de atenção plena: pequenas interrupções ao longo do dia para observar o momento presente.
  • Meditações guiadas: usar aplicativos ou vídeos com instruções.
  • Programas estruturados: como MBSR e MBCT, especialmente úteis para quem tem ansiedade ou sintomas depressivos.
  • Regularidade é a chave: praticar todos os dias, mesmo que por pouco tempo.

 

Mindfulness não substitui tratamento

Apesar dos benefícios, o mindfulness não substitui acompanhamento médico ou tratamento psiquiátrico quando necessário. Ele funciona como uma ferramenta complementar, fortalecendo a saúde emocional e auxiliando no controle de sintomas, mas sempre dentro de um plano terapêutico individualizado.

Conclusão

O mindfulness é uma prática respaldada por evidências científicas sólidas e pode ser uma aliada poderosa na promoção da saúde mental. Ao ajudar a reduzir estresse, melhorar o foco e aumentar a resiliência emocional, a técnica oferece um caminho acessível e eficaz para uma vida mais equilibrada. Integrado ao tratamento psiquiátrico quando indicado, o mindfulness pode transformar a forma como lidamos com desafios emocionais — trazendo mais presença, serenidade e bem-estar.

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